Relatório militar dos EUA revela detalhes de 'estranho' acidente de submarino nuclear

© AP Photo / Stephen MortonTripulantes do submarino nuclear norte-americano USS Georgia na base naval Kings Bay (foto de arquivo)
Tripulantes do submarino nuclear norte-americano USS Georgia na base naval Kings Bay (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
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Investigação de acidente do submarino nuclear USS Georgia em 2015 coloca capitão da embarcação como culpado após submarino se chocar com boia em manobra noturna.

O incidente se deu no dia 25 de novembro de 2015 próximo a um canal na bacia do Forte Clinch, no estado americano da Flórida.

Na ocasião, o capitão do submarino nuclear americano USS Georgia, David Adams, recebeu ordens para tomar a bordo um piloto durante a madrugada do referido dia.

Contudo, praticando diferentes manobras e sob as ordens de "a todo vapor" do capitão Adams, a embarcação acabou se chocando com uma boia.

Como resultado, a embarcação ficou temporariamente encalhada, enquanto a hélice, um aparelho acústico e um medidor de velocidade ficaram danificados.

Conforme publicou o portal Military.com, os danos chegaram a US$ 1 milhão (cerca de R$ 4,5 milhões).

Capitão considerado culpado

Ainda de acordo com a mídia, citando um relatório militar escrito pelo vice-almirante Randy Crites, e que veio a público recentemente, o capitão David Adams foi considerado responsável pelo incidente, assim como outros oficiais a bordo do submarino.

É válido ressaltar que após o caso, Adams foi afastado do posto e hoje já se encontra aposentado.

Segundo o relatório, o capitão foi "incapaz de agir durante a complexidade da situação e falhou ao reagir às circunstâncias de maneira satisfatória para a segurança do navio e da embarcação".

É válido ressaltar que a investigação também considerou o "excesso de velocidade", ordenado por David, como ocasionador da dificuldade do trabalho de toda a tripulação durante a manobra.

Também foi reportado que, antes da ordem de David, um de seus oficiais recomendou o "movimento de ré a toda velocidade", o que foi contrariado pelo capitão.

Tripulação 'inexperiente'

Por sua vez, David justificou o incidente como fruto do "despreparo" de seus subordinados, grande fadiga e escuridão da noite.

Segundo ele, a tripulação não dormia há 36 horas no momento do incidente.

Além disso, antes do incidente, David notificou seus superiores sobre o suposto despreparo da tripulação.

Contudo, em seu relatório, o vice-almirante Crites não considerou as afirmações de David e disse que o incidente aconteceria da mesma forma sob a luz do dia.

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