De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, coronavírus que infectam animais podem, às vezes, ser propagados para pessoas, mas os casos são raros. Anteriormente, não havia quaisquer relatos de animais infectados com a COVID-19 nos Estados Unidos.
Nadia, uma tigre-malaia fêmea de 4 anos de idade do Jardim Zoológico do Bronx, testou positivo para o novo coronavírus, declarou a Sociedade de Conservação de Vida Selvagem (WCS, na sigla em inglês) em um comunicado no domingo (5).
"Este teste positivo para COVID-19 em tigre foi confirmado pelo Laboratório Nacional de Serviços Veterinários do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, sediado em Ames, [estado de] Iowa", diz o comunicado da WCS.
"Ela, sua irmã Azul, dois tigres-siberianos e três leões-africanos desenvolveram uma tosse seca e se espera que todos se recuperem."
Nadia e os outros felinos estão bem e sob bons cuidados médicos, embora estejam sentindo alguma diminuição de apetite, indica o comunicado.
"Não se sabe como esta doença vai se desenvolver nos grandes felinos, uma vez que diferentes espécies podem reagir de forma diferente a novas infecções, mas vamos continuar os acompanhando de perto e antecipar recuperações totais."
A felina contraiu a doença de um guarda do jardim zoológico que "estava assintomaticamente infectado pelo vírus, ou antes dessa pessoa ter desenvolvido sintomas". O jardim zoológico permanece fechado desde 16 de março devido ao vírus.
No início do mês, os dados recolhidos em Wuhan da China revelaram que a COVID-19 tinha infectado populações locais de gatos durante o surto. Quase 15% dos mais de 100 gatos, cujas amostras tinham sido estudadas, deram positivo para o novo coronavírus, segundo os dados publicados em um artigo escrito por cientistas chineses.