Bolívia anuncia militarização de 2ª maior cidade do país em meio à COVID-19

O ministro do Desenvolvimento Produtivo, Wilfredo Rojo, anunciou que a cidade mais povoada da Bolívia, Santa Cruz, será militarizada a partir de 14 de abril com o objetivo de reforçar a luta contra a pandemia de COVID-19.
Sputnik

"Estamos em guerra com um inimigo invisível, e como estamos em guerra, não vamos discutir; os cidadãos em tempos de guerra apenas obedecem", afirmou o ministro boliviano durante anúncio do endurecimento da quarentena.

​Como medida de segurança e proteção às pessoas, Santa Cruz será militarizada a partir de terça-feira, informou o ministro do Desenvolvimento Produtivo, Wilfredo Rojo. 

Rojo fez o anúncio juntamente do governador regional, Rubén Costas, e da prefeita, Angélica Sosa, após dois dias de acusações mútuas entre as autoridades nacionais e regionais sobre um crescente desacato dos cidadãos durante a quarentena contra a pandemia.

O ministro então, anunciou que "a partir de terça-feira [14 de abril], toda a cidade de Santa Cruz estará militarizada, os serviços de abastecimento e outros serviços básicos terão horário restringido" para impedir uma explosão de contágios pelo novo coronavírus.

Além do ministro, o chefe da Saúde do departamento de Santa Cruz, Oscar Urenda, assegurou que a militarização deverá impedir novos contágios, porém advertiu que nos próximos dias um grande aumento de casos positivos poderia ser registrado pela detecção de casos que ainda permanecem assintomáticos.

No dia 10 de abril foram registrados sete novos casos de COVID-19 na Bolívia, sendo um caso na cidade de Oruro, onde há um mês foi detectado o primeiro caso no país, em uma mulher que havia retornado da Itália, sendo a primeira declarada recuperada.

"Com estes sete casos positivos, foi reportado um total acumulado nacional de 275 casos", informou Roberto Vargas, diretor de Epidemiologia.

Vargas ressaltou que a situação piorou depois da morte do paciente em Oruro, elevando para 20 o número de vítimas fatais de COVID-19 na Bolívia.

Comentar