Segundo a publicação, os dados mostram que quanto mais baixa a inserção econômica do entrevistado, maior tem sido o impacto na sua renda durante a pandemia.
Somente 15% dos desempregados e sem salário fixo disseram não ter tido a renda prejudicada e 8% não souberam responder.
Já entre os mais ricos, 26% das pessoas que recebem mais de dez salários mínimos (equivalente a R$ 10.450) afirmaram que sofreram impacto econômico por causa da pandemia e 71% disseram estar mantendo suas receitas inalteradas neste período e 4% não souberam responder.
No levantamento nacional, foram entrevistadas 2.500 pessoas de 512 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de dois pontos percentuais e o intervalo de confiança é de 95%.
Ao todo, a pesquisa mostra que 63% dos brasileiros tiveram o salário ou a fonte de renda prejudicada, 31% não tiveram e 6% não souberam responder.
Home Office é mais presente entre mais ricos
Outro aspecto monitorado pela pesquisa são possíveis alterações na rotina de trabalho do brasileiro. Segundo o levantamento, os mais ricos foram os que tiveram uma mudança maior e mais adequada às orientações contra a COVID-19.
De acordo com os dados, 80% entre os brasileiros que recebem de cinco a dez salários mínimos e 70% dos que recebem mais de dez salários mínimos puderam trabalhar em casa durante o período de quarentena.
Entre a parcela da população com renda menor, o percentual dos que mudaram a rotina de trabalho cai para 36%, ante 43% dos que disseram não ter passado a trabalhar em home office.
Pessoas nas faixas médias de renda também tiveram menos mudanças na forma de trabalhar. Entre os que recebem até dois salários mínimos, 53% mudaram a rotina e entre os que recebem de dois a cinco salários, foram 56%.
No total, 40% dos brasileiros disseram ter passado a trabalhar em casa, 46% disseram não ter tido a rotina alterada.