O comunicado oficial da empresa norte-americana, emitido na manhã deste sábado, confirma informações que circularam na imprensa brasileira já na sexta-feira (24), apontando a desistência do negócio.
As empresas haviam entrado em um acordo de venda da área de aviação comercial da Embraer. Além disso o acordo previa a criação de uma "joint-venture" envolvendo a produção da aeronave militar KC-390, da Embraer - rebatizado de C-390 Millenium.
A desistência vem em meio às pressões da pandemia do novo coronavírus sobre as empresas aéreas do mundo todo, além da crise interna prévia da própria Boeing com a paralisação da produção da aeronave 737 MAX, modelo envolvido em diversos acidentes.
O comunicado oficial aponta que a Boeing "exerceu seu direito de rescindir" o contrato devido à Embraer "não ter atendido as condições necessárias". O acordo entre as empresas previa que a data limite para a rescisão do contrato terminaria justamente no dia 24 de abril.
As empresas iniciaram a negociação ainda em julho de 2018 durante o governo do ex-presidente Michel Temer. A transação foi ratificada, no entanto, já em 2019, pelo presidente Jair Bolsonaro.