A Embraer divulgou uma nota neste sábado (25), após a empresa norte-americana anunciar a rescisão do contrato que previa a formação de uma joint venture com 80% de participação da Boeing e 20% da Embraer.
Segundo a empresa brasileira, Boeing fabricou falsas alegações para evitar cumprir a transação.
"A Embraer acredita firmemente que a Boeing rescindiu indevidamente o Acordo Global da Operação (MTA) e fabricou falsas alegações como pretexto para tentar evitar seus compromissos de fechar a transação e pagar à Embraer o preço de compra de U$ 4,2 bilhões [R$ 23,5 bilhões]. A empresa acredita que a Boeing adotou um padrão sistemático de atraso e violações repetidas ao MTA, devido à falta de vontade em concluir a transação, sua condição financeira, ao 737 MAX e outros problemas comerciais e de reputação", informou a empresa por nota.
A Embraer alega não ter descumprido nenhuma de suas obrigações contratuais, motivo apresentado pela Boeing para rescindir o contrato, e promete adotar medidas contra a empresa dos EUA.
"A empresa buscará todas as medidas cabíveis contra a Boeing pelos danos sofridos como resultado do cancelamento indevido e da violação do MTA", acrescenta o documento.
Na manhã deste sábado (25), a Boeing confirmou a rescisão do contrato da compra de parte da Embraer. Em comunicado oficial, Boeing afirmou ter exercido "seu direito de rescindir" o contrato devido em função da Embraer "não ter atendido as condições necessárias". O acordo entre as empresas previa que a data limite para a rescisão do contrato terminaria justamente no dia 24 de abril.