"Nossa presença militar, embora pequena, é importante para cálculos gerais. Por isso, instamos o Congresso, o povo americano e o presidente [dos EUA] a manter estas forças, mas mais uma vez, isto não é Afeganistão, isto não é Vietnã, isto não é um atoleiro", disse representante dos EUA na terça-feira (12) durante uma videoconferência organizada pelo Instituto Hudson.
"Meu trabalho é tornar isso [a situação] em um atoleiro para os russos", disse James Jeffrey.
Ao ser perguntado por que o público americano deve tolerar o envolvimento dos EUA na Síria, o representante especial James Jeffrey destaca a pequena presença dos EUA na luta contra Daesh. "Isto não é o Afeganistão. Isto não é o Vietnã. Isto não é um atoleiro. Meu trabalho é tornar isso [a situação] em um atoleiro para os russos."
A chegada das forças expedicionárias russas no final de 2015, após o convite de Damasco, mudou a maré da guerra.
Com sua ajuda, as forças do governo sírio rechaçaram não só o Daesh como também outros grupos militantes, incluindo células filiadas à Al-Qaeda (organizações terroristas proibidas na Rússia e em vários outros países) em múltiplas frentes – deitando por terra os planos dos EUA para mudança de regime em Damasco, escreve RT.
Jeffrey admitiu relutantemente que o Exército russo tem tido sucesso na Síria, argumentando, contudo, que "eles não têm saída política para seus problemas" com o presidente sírio Bashar Assad, e os EUA pretendem oferecer "uma maneira de avançar" através da ONU, presumivelmente referindo-se à Resolução 2254 que Washington há muito tempo interpreta como "Assad deve ir embora".
A revelação do enviado especial dos EUA na Síria é um avanço para além de suas observações no início de março, quando ele disse aos jornalistas durante uma conferência telefônica que o objetivo dos EUA é "tornar muito difícil" para a Rússia ajudar o governo sírio a alcançar uma vitória militar.