Com a determinação desta quarta-feira (27), o caso permanecerá sob a responsabilidade das autoridades fluminenses, não passando, portanto, para a Polícia Federal e a Justiça Federal, como defendiam os advogados dos supostos executores, o policial militar reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio Vieira de Queiroz, atualmente presos.
O pedido para mudar a jurisdição do caso foi feito em setembro passado pela então procuradora-geral da República Raquel Dodge, que reclamou da "inércia" dos investigadores da Delegacia de Homicídios do Rio para apurar os fatos.
Contrária à federalização, a família de Marielle lutou ativamente pela manutenção das investigações na esfera estadual. Entre os motivos alegados para tal estariam a possibilidade de uma demora ainda maior para a elucidação do crime e o receio de uma interferência do presidente Jair Bolsonaro nos trabalhos da PF, como denunciado pelo ex-ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública).
Na votação desta quarta-feira (27), em Brasília, todos os oito ministros presentes se posicionaram contra a federalização, por entenderem não haver motivos suficientes para a Polícia Federal e a Justiça Federal assumirem a investigação que apura quem mandou matar Marielle Franco e Anderson Gomes.