A empresa foi afetada por uma queda nos negócios devido à pandemia do novo coronavírus, mas também pelas despesas decorrentes de uma proposta de aquisição pela rival americana Boeing, que em abril retirou o acordo de US$ 4,2 bilhões (R$ 22,52 bilhões).
A Embraer é a terceira maior fabricante de aviões do mundo, depois dos europeus da Airbus e dos estadunidenses Boeing, mas já havia perdido US$ 322 milhões (R$ 1,7 bilhão) em 2019, incluindo US$ 210 milhões (R$ 1,1 bilhão) no último trimestre.
De janeiro a março, a Embraer entregou cinco jatos comerciais e nove executivos, bem abaixo dos 22 no total em relação ao mesmo período de 2019.
Em comunicado divulgado nesta segunda-feira (1º), a Embraer disse que colocou a maioria de seus funcionários no Brasil em licença remunerada devido à pandemia do novo coronavírus.
Apesar do anúncio, as ações da Embraer subiram 2% na Bolsa de Valores de São Paulo ao meio-dia.
Todo o setor aéreo estava em ascensão após dois meses de perdas catastróficas devido ao surto de vírus.
As ações da Embraer já perderam 60% de seu valor este ano, situação exacerbada pela queda da Boeing.
As ações caíram brevemente 15% depois que a Boeing desistiu do acordo, "injustamente", segundo a Embraer. Apesar disso, especialistas afirmam que a companhia brasileira agora está no radar de outras empresas de países como China, Índia e Rússia.