Arreaza: Estados Unidos querem que Venezuela fique sem gasolina e não consiga vender petróleo

O chanceler venezuelano respondeu ao anúncio pelo secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, da imposição de sanções a quatro companhias ligadas a Caracas, dizendo que é uma "obsessão".
Sputnik

O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, criticou a imposição de novas sanções sobre aquilo que Mike Pompeo, secretário de Estado norte-americano, chama de "regime de Maduro".

"A primeira coisa que o secretário [de Estado Mike] Pompeo faz pela manhã é anunciar mais uma agressão contra a Venezuela. Obsessão criminosa. Ele quer que os venezuelanos fiquem sem gasolina, quer que o Estado não possa vender petróleo para importar remédios, tratamentos, alimentos e insumos para produzir: lesa-humanidade."

Essa reação veio depois que Pompeo anunciou em sua conta no Twitter que os Estados Unidos haviam sancionado quatro empresas por facilitarem a venda de petróleo venezuelano.

"Hoje os Estados Unidos sancionam quatro empresas por seu papel em facilitar o roubo do petróleo venezuelano pelo regime de Maduro. Estas sanções isolam ainda mais o regime de Maduro e são mais um passo para ganhar liberdade e prosperidade para o povo da Venezuela."

O Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC, na sigla em inglês) do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos sancionou quatro entidades e quatro petroleiros: o petroleiro Athens Voyager com bandeira do Panamá, Chios I de Malta, Sea Hero das Bahamas e Voyager I, que navega sob bandeira das Ilhas Marshall.

As entidades sancionadas incluem Adamant Maritime Ltd., Afranav Marítimo, Sanibel Shiptrade Ltd., as três das Ilhas Marshall, e Seacomber Ltd., da Grécia.

Antes das sanções, o secretário de Estado norte-americano Mike Pompeo exortou a comunidade internacional a aumentar a pressão sobre o presidente venezuelano Nicolás Maduro até que ele abandone o que ele chamou de "controle ilegítimo do poder".

"Os Estados Unidos continuarão a aumentar a pressão sobre Maduro e seus facilitadores até que uma transição democrática comece", disse Pompeo.

Maduro, cuja presidência é apoiada pela Rússia e China, entre outros Estados, denunciou as sanções dos EUA como uma tentativa ilegal de confiscar os ativos soberanos da Venezuela.

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