Giromini foi presa no último dia 15, por decisão de Moraes, no âmbito do inquérito que apura atos inconstitucionais e antidemocráticos cometidos por um grupo de extrema-direita, liderado por ela, em apoio ao presidente Jair Bolsonaro.
A ordem de soltura valerá também outros cinco membros da organização, conhecida como 300 do Brasil, que conta com integrantes armados e é suspeito de cometer crimes contra a ordem política e social.
Sara Winter deve deixar a Penitenciária Feminina do Distrito Federal, a Colmeia, ainda nesta quarta-feira (24), mas ela e os demais integrantes do grupo não poderão manter contato entre si ou com outras pessoas de interesse do inquérito e só poderão circular entre suas residências e locais de trabalho, devendo manter distância principalmente do Supremo e do Congresso Nacional.
"Verifico estar demonstrado o risco à investigação e a necessidade de restrição à atuação dos integrantes do grupo com relação aos fatos aqui investigados; considerando, todavia, a gravidade e reprovabilidade das condutas até agora a eles atribuídas, entendo ser suficiente para a garantia da ordem pública e a regularidade da instrução criminal a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão, inclusive com a utilização de monitoração eletrônica", escreveu Moraes em sua decisão.
A ativista também é investigada pela produção e disseminação de notícias falsas e ataques ao STF e é alvo de uma investigação da Polícia Civil do Distrito Federal que também apura a realização de atos antidemocráticos e possíveis crimes de injúria e ameaças a autoridades.