Nesta segunda-feira (6), os senadores James Lankford, Jeanne Shaheen, Tom Tillis e Chris Van Hollen criticaram, em uma carta enviada ao secretário de Defesa dos EUA Mark Esper, os planos do Pentágono de continuar comprando peças da Turquia em 2022, informa o portal Defense News.
Em 2019, os Estados Unidos removeram a Turquia do programa multilateral de fabricação do caça por Ancara ter adquirido o sistema de defesa antiaérea russo S-400. Além disso, os EUA também finalizaram o treinamento de pilotos turcos.
Entre outras medidas implementadas pelo país norte-americano, a mais marcante é a proibição de entrega de aeronaves F-35 à Turquia. Os EUA alertaram Ancara de que o uso do sistema russo comprometeria os caças desenvolvidos em parceria entre os dois países.
Contudo, em janeiro deste ano, foi anunciado que a Lockheed Martin e a construtora de motores Pratt & Whitney manteriam os contratos existentes com fornecedores turcos de componentes.
Portanto, as aeronaves que estão programadas para ser entregues a clientes em 2022 ainda receberiam peças fabricadas na Turquia.
Os legisladores argumentaram ao secretário de Defesa que continuar comprando peças da Turquia viola a Lei de Autorização de Defesa Nacional de 2020 e a sua "clara mensagem diplomática para a Turquia sobre as consequências de prosseguir com sistemas de defesa e tecnologia russos".
"Com base nas recentes revelações, está claro que o Pentágono não está seguindo seu próprio cronograma ou a intenção do Congresso nesta questão", indica a carta. "Encorajamos a reexaminar a abordagem atual e a tomar medidas para garantir a remoção acelerada da Turquia da linha de produção, conforme exigido por lei", escrevem os senadores na carta.
Transferir a produção de peças da Turquia para os EUA terá um preço avaliado em mais de US$ 500 milhões (R$ 2,7 bilhões) em custos de engenharia.