Berlim defende seus gastos com Defesa em meio a críticas de Washington

Berlim sugere que comprometimento do país com OTAN deveria ser medido em proporção de suas Forças Armadas disponibilizadas para as necessidades da Aliança, não pela porcentagem do PIB gasto na Defesa.
Sputnik

A regra habitual, a qual a Administração Trump defende, não é mais uma forma eficiente de avaliar a contribuição individual de cada país membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), afirmou nesta sexta-feira (17) a ministra da Defesa da Alemanha, Annegret Kramp-Karrenbauer.

A ministra qualificou a referência a 2% do PIB no orçamento alocado à Defesa como uma cifra que perde relevância, considerando os efeitos da crise da COVID-19 nas economias dos países membros da Aliança.

"Uma maior porcentagem pode ser atingida sem de fato [se investir] mais recursos na Defesa", afirmou Karrenbauer, conforme cita Spiegel. Até 2030, as Forças Armadas da Alemanha estarão preparadas para disponibilizar 10% de suas capacidades para operações da OTAN, salientou a ministra.

Além disso, Peter Tauber, secretário de Estado parlamentar, explicou à mídia local que este padrão "não é um indicador suficiente, considerando a diminuição do Produto Interno Bruto devido à COVID-19".

O indicador alternativo proposto pela ministra da Defesa "torna as capacidades militares mais mensuráveis e eficientes", continuou Tauber.

Contudo, o distanciamento do padrão de 2% pode ter um impacto negativo nas relações entre EUA e Alemanha. Donald Trump pressionou os demais membros da Aliança a atenderem a meta percentual.

De acordo com o mandatário norte-americano, a Alemanha se beneficia da presença das tropas norte-americanas enquanto gasta pouco com as causas comuns da OTAN.

Anteriormente, os EUA confirmaram a retirada de aproximadamente dez mil militares do território alemão, sendo redistribuídos na Europa, enquanto alguns retornariam aos EUA.

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