"A Grécia demonstrou uma vez mais sua inimizade contra o islã e a Turquia com a desculpa de reagir à abertura da mesquita Hagia Sophia para fiéis", afirmou o porta-voz do ministério Hami Aksoy em um comunicado, conforme cita a agência Reuters.
O criticismo grego a conversão da Hagia Sophia, também conhecida como Basílica de Santa Sofia, em uma mesquita após décadas como museu tem sido contundente, aumentando a tensão entre os dois países.
Em uma mensagem celebrando o 46º aniversário da restauração da democracia na Grécia, o primeiro-ministro do país, Kyriakos Mitsotakis, chamou a Turquia de "criador de problemas" e a conversão em mesquita como "uma afronta à civilização do século XXI".
A reza celebrada nesta sexta-feira (24) marcou a ambição de Erdogan de restaurar o culto muçulmano no local, considerado central para a igreja ortodoxa cristã e para a maioria dos gregos.
O ministério turco condenou as declarações do governo grego e de membros do Parlamento por incitarem o público, assim como a queima de uma bandeira turca na cidade de Thessaloniki.
Hagia Sophia abriu como uma mesquita para fiéis de acordo com a vontade da população turca e pertence à Turquia, assim como todo o patrimônio cultural no país, acrescentou o ministério.
Nesta semana, ambos os países trocaram acusações sobre a delimitação de suas plataformas continentais no Mediterrâneo oriental, uma área que se acredita ser rica em recursos minerais.