Genoma neandertal faz algumas pessoas sentirem mais dor do que outras, diz estudo

Estudo revela que milhões de pessoas, com um raro gene mutante oriundo dos homens neandertais, são mais sensíveis a dor do que outras.
Sputnik

De acordo com a pesquisa, o raro genoma que possui uma "alteração nervosa" ainda pode ser encontrado em pessoas no mundo atual.

A razão disso seria uma "predisposição biológica a uma elevada sensação de dor", publicou o portal científico Current Biology trazendo o estudo.

Atualmente, os genomas dos neandertais estão sendo estudados para que os cientistas possam entender as mutações envolvidas após a separação de sua linhagem dos humanos.

Apesar da pequena quantidade de genoma disponível para os estudos, os cientistas Svante Paabo do Instituto Max Planck para a Antropologia Evolucionária em Leipzig, Alemanha, e Hugo Zeberg do Instituto Karolinska em Estocolmo, Suécia, lograram gerar genomas de alta qualidade a partir de material obtido em cavernas na Croácia e Rússia.

Desta forma, acredita-se que uma variação do DNA neandertal, envolvido no controle dos impulsos dos nervos, pode ser responsável por fazer os ditos ancestrais dos homens mais propícios a sentir dor.

De acordo com Paabo, pelo menos 0,4% dos participantes de um banco biológico do Reino Unido, com 500 mil genomas britânicos modernos, carregam o gene neandertal mutante.

Em tais pessoas, o gene cria uma proteína responsável pela duração dos sinais de dor enviados ao cérebro e à medula espinhal.

Os neandertais viveram no meio do período Paleolítico entre 30 mil e 300 mil anos atrás.

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