'Mordem mais do que podem mastigar': porta-voz iraniano ironiza novo enviado dos EUA para o Irã

Um alto funcionário iraniano disse nesta sexta-feira (7) que não havia diferença entre os que vão e os que vêm dentre os enviados especiais dos EUA ao Irã porque as autoridades americanas "mordem mais do que podem mastigar".
Sputnik

O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, anunciou na quinta-feira (6) que o principal enviado dos EUA ao Irã, Brian Hook, estava deixando seu cargo e o representante especial dos EUA para a Venezuela, Elliott Abrams, assumiria a representação de Washington para o Irã.

A saída surpresa de Hook ocorre em um momento crítico quando Washington tem feito um intenso lobby na ONU para estender um embargo de armas ao Irã e enquanto o Conselho de Segurança se prepara para realizar uma votação sobre a resolução dos EUA na próxima semana.

Pompeo não deu uma razão para a mudança, mas escreveu em um tweet que Hook estava mudando para o setor privado.

"Não há diferença entre John Bolton, Brian Hook ou Elliott Abrams", afirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Abbas Mousavi, em um tweet.
'Mordem mais do que podem mastigar': porta-voz iraniano ironiza novo enviado dos EUA para o Irã

"Quando a política dos EUA diz respeito ao Irã, as autoridades americanas estão mordendo mais do que conseguem mastigar. Isso se aplica a Mike Pompeo, Donald Trump e seus sucessores", acrescentou Mousavi.

No ano passado, o presidente Donald Trump demitiu seu conselheiro de segurança nacional John Bolton, um veterano crítico ao Irã que defendia uma ação militar para destruir o programa nuclear de Teerã.

Hook, de 52 anos, foi nomeado para o cargo mais importante do Irã no Departamento de Estado no final de 2018 e tem sido fundamental na campanha de "pressão máxima" de Washington contra Teerã desde que Trump tirou Washington do acordo nuclear de 2015 das potências mundiais com a República Islâmica.

Abrams, de 72, um veterano da política externa republicana, foi nomeado representante especial dos EUA para a Venezuela em janeiro de 2019 e liderou uma abordagem agressiva com o objetivo de remover o presidente venezuelano Nicolás Maduro - sem sucesso.

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