Bolsonaro também convidou o ex-presidente Michel Temer, que é filho de libaneses, para chefiar a missão brasileira que irá a Beirute, informou o portal G1.
"Estamos acertando com o governo libanês o envio de uma equipe técnica multidisciplinar para colaborar na realização da perícia da explosão. Convidei como meu enviado especial e chefe dessa missão o senhor Michel Temer, filho de libaneses e ex-presidente do Brasil", disse Bolsonaro durante videoconferência com outros chefes de Estado, entre eles os presidentes do Líbano, Michel Aoun, da França, Emmanuel Macron, e dos EUA, Donald Trump.
"Nos próximos dias partirá do Brasil rumo ao Líbano uma aeronave da Força Aérea Brasileira, com medicamentos e insumos básicos de saúde, reunidos pela comunidade libanesa radicada no Brasil. Também estamos preparando o envio, por via marítima, de quatro mil toneladas de arroz para atenuar as consequências das perdas de estoque de cereais destruídos na explosão", complementou.
Durante a conferência, Bolsonaro também prestou condolências às famílias das vítimas, feridos e desabrigados e lembrou da história da comunidade libanesa no Brasil.
"O Brasil é lar da maior diáspora libanesa do mundo. Dez milhões de brasileiros de ascendência libanesa formam uma comunidade trabalhadora, dinâmica e participativa, que contribui de forma inestimável para o nosso país."
A forte explosão ocorrida nesta terça-feira (4), após um incêndio que atingiu um armazém no porto em Beirute contendo 2.750 toneladas de nitrato de amônio, deixou um rastro de mortos e destruição no Líbano, que já sofria com uma crise econômica e a pandemia da COVID-19. De acordo com os dados mais recentes, a explosão matou 158 pessoas e mais de seis mil ficaram feridas, para além de haver milhares de desalojados, cujas casas ficaram destruídas.