'EUA estão ocupados com outras coisas', lamenta Netanyahu sem anexação da Cisjordânia

O presidente dos EUA, Donald Trump, conversa com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em Tel Aviv
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, expressou frustração com os planos paralisados ​​de anexar a Cisjordânia, culpando a relutância dos Estados Unidos em aprovar a medida.
Sputnik
"Ficou claro desde o início que a aplicação da soberania seria feita apenas com o acordo dos EUA. Caso contrário, eu já teria feito isso há um tempo", declarou Netanyahu ao Canal 20 de Israel.

O premiê israelense afirmou que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, agora estava "ocupado com outras coisas" e que "questões importantes para Israel" não eram uma prioridade para Washington no momento.

A anexação, que faz parte do "plano de paz" de Trump para a região, estava originalmente programada para começar em julho. De acordo com o plano da Casa Branca, Israel absorveria 30% do território ocupado que capturou da Jordânia durante a Guerra dos Seis Dias de 1967. O resto da Cisjordânia seria governado por palestinos, mas a segurança e a política de fronteira seriam decididas por Israel.

Mais de 460 mil israelenses vivem nesses assentamentos, construídos em violação das leis internacionais, e a anexação vai privar os palestinos de uma parte significativa de seu território. Facções palestinas denunciaram a proposta como morta logo na chegada.

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No entanto, a administração Trump não está disposta a dar a aprovação final para avançar com a anexação. Netanyahu informou no início de agosto que estava esperando o sinal de Washington para "aplicar a soberania" à Cisjordânia.

Embora a Casa Branca inicialmente apoiasse a anexação, o plano recebeu oposição quase unânime na comunidade internacional.

Se a anexação não ocorrer nas próximas semanas, é possível que seja interrompida indefinidamente. Netanyahu está atualmente em uma batalha orçamentária com o ministro da Defesa e premiê alternativo Benny Gantz. Se um orçamento não for aprovado até o final de agosto, Israel será forçado a realizar outra eleição, suspendendo a anexação no futuro próximo. Também há temores em Tel Aviv de que eles possam perder o apoio à medida se Trump não conseguir a reeleição em novembro.

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