Os dois presidentes conversaram por telefone neste sábado (15) e concordaram que os problemas na Bielorrússia não deveriam ser explorados por "forças destrutivas que buscam prejudicar a cooperação mutuamente benéfica entre os dois países".
Lukashenko declarou que chegou a um acordo com Putin de que a Rússia ajudará a manter a segurança na Bielorrússia, se necessário.
"No que se refere ao componente militar, temos um acordo com a Federação da Rússia no âmbito do Estado da União e da Organização do Tratado de Segurança Coletiva. Inclusive esses momentos se enquadram nesse acordo. Portanto, hoje tive uma longa e detalhada conversa com o presidente russo sobre a situação. Devo dizer, eu fiquei até um pouco surpreso - ele esta absolutamente dedicado ao que está acontecendo", observou Lukashenko.
"E nós concordamos: em nosso primeiro pedido, uma assistência abrangente será fornecida para garantir a segurança da República da Bielorrússia", disse Lukashenko.
Em 9 de agosto começaram as ações de protesto em massa em toda a Bielorrússia após as eleições presidenciais do país, nas quais Aleksandr Lukashenko obteve 80,1% dos votos. As forças de segurança usaram gás lacrimogêneo, canhões de água, granadas de choque e balas de borracha contra os manifestantes. Cerca de 7.000 pessoas foram detidas e duas pessoas morreram durante os protestos.