OMS rebate Trump e diz que uso de plasma contra COVID-19 ainda não tem eficácia assegurada

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou cautela quanto ao uso de plasma de pacientes com COVID-19 recuperados para tratar o vírus, alertando que todas as evidências existentes para sugerir que ele realmente funciona ainda são de "qualidade muito baixa".
Sputnik

Falando em uma entrevista coletiva nesta segunda-feira (24), a cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan, acrescentou às dúvidas em torno do tratamento, que foi recentemente aprovado pelas autoridades de saúde dos EUA para combater o temido vírus.

"Há uma série de ensaios clínicos em andamento em todo o mundo, analisando o plasma convalescente em comparação com o tratamento padrão", declarou Swaminathan.

"Apenas alguns deles relataram resultados provisórios [...] e, no momento, ainda são evidências de qualidade muito baixa", acrescentou.

No domingo (23), a Agência de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA) emitiu uma autorização de emergência para o uso de plasma convalescente para tratar a doença. A FDA o descreveu como um tratamento "promissor", afirmando que os benefícios de tal processo "superam os riscos" que ele pode representar.

OMS rebate Trump e diz que uso de plasma contra COVID-19 ainda não tem eficácia assegurada

O presidente estadunidense Donald Trump elogiou a decisão, apresentando um tom significativamente mais confiante sobre ela e assegurando ao público que o uso de plasma era perfeitamente "seguro".

"O FDA fez a determinação independente de que o tratamento é seguro e muito eficaz", afirmou Trump.

Os EUA continuam sendo a nação mais atingida pelo novo coronavírus, com mais de 5,7 milhões de casos e cerca de 176 mil mortes, de acordo com os últimos dados da Universidade Johns Hopkins. Globalmente, o vírus matou mais de 800 mil pessoas, enquanto quase 23,5 milhões contraíram a doença.

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