Em comunicado, o RFPI informa:
"O fornecimento da vacina ao Brasil deverá começar em novembro de 2020, se for aprovado pelos órgãos reguladores brasileiros, que levarão em conta os resultados dos testes pós-registro da vacina."
O acordo bilateral permitirá no futuro efetuar o fornecimento do medicamento contra a COVID-19 a todo o território brasileiro.
Serão produzidas mais de 500 milhões de doses
Ontem (10), o diretor-geral do RFPI, Kirill Dmitriev, falou em uma videoconferência sobre a grande demanda que a vacina contra a COVID-19 tem tido.
"No momento atual já temos acordos para a produção de mais de 500 milhões de doses da vacina russa por ano", declarou.
Ainda ontem, Dmitriev havia dito que pelo menos 100 milhões de doses serão fornecidas a países da América Latina.
Dmitriev acrescentou que o RFPI, que tem financiado a produção da vacina, está aberto para novos acordos de produção do medicamento no exterior.
"Estamos abertos para a produção da vacina junto com países da América Latina. Já acordamos essa produção no Brasil e, se houver outros países que queiram produzir a vacina russa, estamos prontos para tal cooperação", afirmou.
Vacina russa Sputnik V
Registrada em agosto, a vacina russa Sputnik V, desenvolvida pelo Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya, é baseada na plataforma de adenovírus humanos.
Os vetores adenovirais são considerados extremamente seguros e são alguns dos mais fáceis de projetar. Vetores são vírus que tiveram o gene responsável pela replicação removido. Portanto, eles não representam mais qualquer ameaça de infecção. Os cientistas usam vetores para transportar material genético de um vírus diferente - aquele contra o qual está sendo vacinado - para uma célula humana.
Os resultados dos testes da primeira e segunda fases da vacina russa foram publicados recentemente na renomada revista científica The Lancet, tendo a eficiência da vacina sido comprovada durante os testes.
Os voluntários vacinados com a Sputnik V apresentaram imunidade contra o vírus causador da COVID-19, mostrando a eficiência da vacina.