O líder israelense viajou neste domingo (13) para os Estados Unidos, que mediaram os acordos de paz assinados recentemente com os dois países árabes.
Mais cedo, Netanyahu anunciou três semanas de lockdown no país, com início previsto para sexta-feira (18), em razão de alta de casos do novo coronavírus.
"Netanyahu é indiciado em vários casos, mas ele escolhe fechar o país por três semanas, o que é uma loucura, e partir para os Estados Unidos", disse uma manifestante à Sputnik.
'Ministro criminoso'
Algumas pessoas chegaram a tentar bloquear a entrada do terminal de embarque do aeroporto. Alguns dos manifestantes portavam bandeiras de Israel e cartazes de protestos. Durante o ato, os presentes cantaram palavras de ordem como "Netanyahu é um ministro criminoso" e "Exigimos investigação já".
Em 13 de agosto, Israel e Emirados Árabes concordaram em normalizar relações diplomáticas. O acordo prevê a suspensão dos planos israelenses de anexação de partes da Cisjordânia.
Um mês depois, em 11 de setembro, o rei do Bahrein, Hamad bin Isa Al Khalifa, também aceitou formalizar um acordo semelhante. A cerimônia de assinatura dos dois acordos está prevista para ocorrer na terça-feira (15), em Washington.
Manifestantes pedem renúncia de premiê
No plano doméstico, Netanyahu enfrentará um julgamento por corrupção em janeiro do ano que vem. As acusações enfraqueceram seu poder e ajudaram a fomentar uma crise política no país, que em 2019 precisou passar por três eleições gerais.
Os manifestantes pedem a renúncia de Netanyahu devido às acusações, mas também o criticam pela condução da política de combate à COVID-19 no país.