Jerusalém pertence à Turquia, afirmou durante a abertura da sessão legislativa na quinta-feira (1º) o presidente turco Recep Tayyip Erdogan.
"Nesta cidade, que tivemos que deixar chorando durante a Primeira Guerra Mundial, ainda é possível encontrar vestígios de resistência otomana. Portanto, Jerusalém é nossa cidade, uma cidade de nós", disse.
Erdogan disse estar "prestando grande atenção" ao problema dos palestinos, que têm vivido em Jerusalém "durante milhares de anos".
Em seguida, na conta Twitter em inglês do chefe de Estado da Turquia foi publicada uma afirmação sobre a cidade, localizada oficialmente em Israel, mas reivindicada por grupos palestinos.
A questão de Jerusalém não é um problema geopolítico qualquer para nós. Nossos ancestrais demonstraram seu respeito durante séculos, mantendo esta cidade em alta estima.
Jerusalém é nossa cidade, uma cidade de nós.
Consideramos uma honra em nome de nosso país e de nossa nação expressar os direitos do povo palestino oprimido em cada plataforma, com quem vivemos por séculos.
Com este entendimento, seguiremos tanto a causa palestina, que é a ferida sangrenta da consciência global, quanto o caso de Jerusalém até o fim.
A declaração do chefe do Executivo turco se refere ao controle exercido pelo Império Otomano sobre a região de 1516 a 1917. Ancara tem condenado tanto as supostas tentativas de "judaização" de Jerusalém por parte de Israel, como seu reconhecimento pelos EUA como capital de Israel em dezembro de 2017, refere o jornal Times of Israel.