Erevan revela proibição turca de passagem de avião com ajuda humanitária dos EUA para Armênia

Turquia recusou passagem de aeronave dos EUA com ajuda humanitária destinada às vítimas do conflito em Nagorno-Karabakh pelo seu espaço aéreo, revelou na quarta-feira (14) o comissário para assuntos da diáspora do gabinete do primeiro-ministro da Armênia.
Sputnik

"Neste momento, 100 toneladas de ajuda humanitária estão prontas para ser enviadas para a Armênia, mas a Turquia proibiu a passagem da ajuda humanitária pelo seu espaço aéreo, por isso o voo foi adiado", declarou o comissário para assuntos da diáspora armênia, Zare Sinanyan, durante coletiva de imprensa.

Segundo o comissário, a Armênia já recebeu cerca de 700 toneladas de ajuda humanitária de vários países, como Rússia, EUA, França e outras nações europeias. Sinanyan acrescentou que médicos de Rússia, EUA e de países europeus estão indo à região conflituosa de Nagorno-Karabakh para prestação de assistência médica aos feridos.

Secretário de Estado dos EUA acusa Turquia de reforçar Azerbaijão

Nesta quarta-feira (14), o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, comentou o conflito de Nagorno-Karabakh em coletiva de imprensa.

"[…] Temos assistido aos relatos de mortes de civis. Temos visto a Turquia começando a reforçar o Azerbaijão. Solicitamos a cada ator internacional para que ficasse fora da região, e não para que reforçasse os problemas. Estamos trabalhando para que isso seja cumprido. Estamos usando as nossas ferramentas diplomáticas para tentar chegar a um resultado em que seja alcançado um recuo, um cessar-fogo", afirmou Pompeo.
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Ilham Aliev nega uso de mercenários pelo Azerbaijão

Por sua vez, o presidente do Azerbaijão, Ilham Aliev, declarou que nenhum país apresentou provas de uso de mercenários por Baku em Nagorno-Karabakh.

"Nós não temos mercenários. Esta é a nossa declaração oficial. Já se passaram mais de duas semanas desde o início do conflito, e nenhum país nos apresentou quaisquer provas em relação a isso. Além disso, não precisamos [de mercenários]. Temos um Exército de mais de 100 mil soldados. Tudo o que fazemos hoje no campo de batalha mostra que o nosso Exército é capaz de libertar as suas próprias terras", afirmou o líder azeri em entrevista ao canal France 24.

O conflito, que se agravou em 27 de setembro, teve início em fevereiro de 1988, quando Nagorno-Karabakh declarou independência em relação à República Socialista Soviética do Azerbaijão, iniciando uma guerra que culminou com a perda de controle do território pelo Azerbaijão.

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