O presidente francês, Emmanuel Macron, insistiu que a Europa não se entregará ao terror após um ataque mortal na capital austríaca, expressando apoio a um "país amigo" e ameaçando retaliação contra seus "inimigos" comuns.
Nós, franceses, compartilhamos o choque e tristeza do povo austríaco atingido nesta noite por um ataque no coração de sua capital, Viena. Depois da França, é um país amigo que é atacado. Esta é a nossa Europa. Nossos inimigos devem saber com quem estão lidando. Não vamos desistir.
Este comentário segue-se após troca de disparos entre criminosos armados e a polícia no centro de Viena na noite de segunda-feira (2), após um incidente perto da maior sinagoga da cidade. Embora os motivos dos agressores permaneçam desconhecidos, a polícia confirmou que "vários suspeitos armados com espingardas" dispararam em seis locais diferentes, matando quatro civis. De igual modo, um dos atiradores também foi baleado e morto pela polícia.
A Europa está de luto. Um dos nossos foi duramente atingido pelo terrorismo islâmico. Pensamos nas vítimas, em suas famílias, nas vidas destruídas. A França está do lado da Áustria, pronta para dar seu apoio.
A França tem vivenciado uma série de ataques terroristas chocantes nas últimas semanas, incluindo os esfaqueamentos em uma basílica católica em Nice na última quinta-feira (29), depois da horrível decapitação de um professor em um subúrbio de Paris em outubro.
Ambos os feitos foram rotulados de "ataques terroristas islâmicos" pelas autoridades francesas, que responderam à violência aumentando a segurança em torno de escolas e locais de culto em todo o país, incluindo o envio de milhares de soldados para as ruas francesas.
Atos 'covardes de violência e ódio'
O Ministro do Interior austríaco, Karl Nehammer, já considerou o evento como ataque terrorista.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, juntou-se a Macron na condenação do ataque "brutal", dizendo que a " Europa está do lado da Áustria em total solidariedade".
Estou chocada e triste com o ataque brutal ocorrido em Viena. Meus pensamentos dirigem-se às famílias das vítimas e ao povo austríaco. A Europa é totalmente solidária com a Áustria. Somos mais fortes do que o ódio e o terror.
Já o alto representante da UE para as relações exteriores, Josep Fontelles, apelidou os disparos de "covardes [atos] de violência e ódio".
Estou chocado e comovido com as notícias terríveis sobre os ataques desta noite em Viena. Um ato covarde de violência e ódio. Meus pensametos vão para as vítimas, suas famílias e os cidadãos de #Vienna. Estamos do seu lado.
Nesta terça-feira (3), a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, declarou que o povo alemão apoia seus "amigos austríacos em simpatia e solidariedade". Do mesmo modo, Merkel expressou suas condolências às famílias das vítimas.
"O terrorismo islâmico é nosso inimigo comum. A luta contra esses assassinos e seus instigadores é nossa luta comum", afirmou.
Palavras de apoio também chegaram do Leste Europeu, em um telegrama enviado pelo presidente russo, Vladimir Putin, ao presidente austríaco, Alexander Van der Bellen, nesta terça-feira (3). Putin condenou "veementemente o crime cínico e cruel que, mais uma vez, confirmou a natureza desumana do terrorismo".
O presidente russo confirmou, de imediato, a prontidão da Rússia em intensificar a cooperação com a Áustria, e outros membros da comunidade global, na luta contra todas as formas e manifestações de terrorismo.
Naturalmente, os acontecimentos em questão não passaram despercebidos do outro lado do oceano Atlântico, pois o presidente dos EUA, Donald Trump, também deu seu parecer.
Em publicação no Twitter, o presidente Trump expressou solidariedade e suporte da nação americana à Europa.
Nossas orações estão com o povo de Viena, após mais um horrível ato de terrorismo na Europa. Estes ataques malignos contra pessoas inocentes devem parar. Os EUA estão do lado da Áustria, França e de toda a Europa, na luta contra terroristas, incluindo terroristas islâmicos radicais.
Em meio a uma pandemia global, a Europa volta a ter de centrar sua atenção na segurança nacional contra ameaças de uma natureza ainda mais complexa e obscura do que a do coronavírus mortal.