Em transmissão ao vivo em suas redes sociais, ele disse que o país precisa de um "sistema eleitoral confiável em 2022".
"Nós temos, sim, já está bastante avançado, o estudo [para propor o voto impresso]. A gente espera, no ano que vem, entrar, mergulhar na Câmara e no Senado, para que a gente possa, realmente, ter um sistema eleitoral confiável em 2022", afirmou o presidente.
Bolsonaro explicou que o governo vai aproveitar Proposta de Emenda à Constituição em tramitação no Congresso para alterar o sistema eleitoral. A ideia é que, além da urna eletrônica, a cédula impressa volte a ser usada, o que serviria para uma auditoria dos votos.
"Tem uma PEC da Bia Kicis [deputada do PSL pelo Distrito Federal], pode ser aproveitada, voltando o voto impresso, que é uma maneira que você tem de auditar, contar os votos de verdade aqui. Então nós devemos, sim, ver aí o que acontece em outros países e buscar um sistema que seja confiável por ocasião das eleições", afirmou o presidente.
Bolsonaro alegou fraude nas eleições que venceu
O texto da PEC foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara e será criada comissão especial para discutir o mérito da proposta. Se aprovado, a emenda segue para votação no plenário da Casa.
Bolsonaro já criticou o sistema eleitoral do país por diversas vezes. Segundo ele, as urnas eletrônicas não são confiáveis. Em março deste ano, sem apresentar provas, o presidente disse que tinha ocorrido fraude nas eleições de 2018 e ele tinha ganhando o pleito no primeiro turno.
Trump contesta contagem nos EUA
A proposta de Bolsonaro surge em um momento em que os Estados Unidos contabilizam há dias os votos das eleições presidenciais. Com o candidato democrata à frente na disputa, o presidente Donald Trump afirmou que iria recorrer à Justiça e alegou fraude no processo.