Enigma da nebulosa do Anel Azul que brilha em ultravioleto é resolvido por astrofísicos (FOTOS)

Descoberta em 2004, a nebulosa do Anel Azul não é mais um enigma, pois o Instituto de Tecnologia da Califórnia, EUA, informou, na quarta-feira (18), que astrônomos conseguiram explicar sua estrutura e processo de formação.
Sputnik

Os especialistas concluem, em um estudo publicado na revista científica Nature, que a nebulosa em questão é o produto da fusão de duas estrelas, uma das quais tinha aproximadamente o mesmo tamanho do Sol em seu estado original, enquanto a outra era um pouco menor. As duas eram um sistema binário muito estreito, até terem colidido há vários milhares de anos. Por fim, a estrela com maior massa "consumiu" sua companheira, mas grande parte de sua matéria se propagou pelo espaço em duas direções opostas.

Enigma da nebulosa do Anel Azul que brilha em ultravioleto é resolvido por astrofísicos (FOTOS)
O aparente anel resultante é, na verdade, uma projeção de dois cones formados pelos restos fluorescentes de ambas as estrelas. Infelizmente, não é possível observar e apreciar tal estrutura cônica da Terra.

Dentro dessa figura cônica, existem vestígios do antigo sistema binário, uma estrela designada nos catálogos como TYC 2597-735-1. Seu excesso de emissão infravermelha e velocidade radial variável podem ser indícios de um disco circunstelar de poeira, de acordo com o estudo. Enquanto isso, o "brilho" azul não é nada mais que um efeito óptico, uma vez que a nebulosa não emite luz visível ao olho humano, mas sim ultravioleta.

Enigma da nebulosa do Anel Azul que brilha em ultravioleto é resolvido por astrofísicos (FOTOS)
Segundo os astrofísicos, a maioria das estrelas em nossa galáxia, a Via Láctea, faz parte de sistemas binários. Se as estrelas de um sistema binário estiverem próximas o suficiente, elas também podem acabar se fundindo e produzindo nebulosas. Conforme a estrela menor se aproxima da sua companheira maior e perde sua energia orbital, a primeira pode explodir e ejetar seu material, revela o estudo.

"As observações espectroscópicas foram fundamentais para nos permitir entender melhor este objeto, a partir delas vemos que a estrela central está inflada e percebemos sinais de acreção, provavelmente de um disco de detritos ao [seu] redor", explicou o astrofísico Gudmundur Stefansson, da Universidade de Princeton, EUA.

outra estrela em nossa galáxia, Mira, que também brilha em luz ultravioleta, e que ajudou a equipe de astrofísicos a entender o Anel Azul.

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