Após aglomeração no velório de Maradona, Alberto Fernández anuncia fim da quarentena

Durante anúncio, o presidente da Argentina, Alberto Fernández, pediu para que a população mantenha os esforços de isolamento social e não relaxe nos cuidados higiênicos.
Sputnik

Presidente da Argentina, Alberto Fernández anunciou na noite de ontem (27) que, com exceção de duas cidades, a Argentina vai sair oficialmente do isolamento social. As informações foram confirmadas pela Rádio França Internacional (RFI).

Ao falar sobre a abertura de alguns segmentos da economia, Fernández pediu que a população mantenha os esforços de proteção e não relaxe nos cuidados.

"Verificamos que, nas duas últimas semanas, a quantidade de casos caiu aproximadamente 30% no país. Vamos manter em isolamento social apenas em duas cidades: Bariloche e Puerto Deseado [as duas na Patagônia]. Esta nova etapa vai até 20 de dezembro", falou o presidente.

Após aglomeração no velório de Maradona, Alberto Fernández anuncia fim da quarentena
O anúncio de Alberto Fernández acontece poucos dias depois das aglomerações populares em torno do velório do ex-jogador Diego Maradona, organizado pelo próprio governo.

​A cerimônia, na qual cerca de um milhão de pessoas foram às ruas e não mantiveram distanciamento social, levou a oposição a denunciar penalmente o presidente Alberto Fernández por favorecer a propagação do coronavírus.

"As imagens que vimos do velório são o que devemos evitar. Claro que são um risco epidemiológico cujo impacto veremos dentro de sete ou dez dias", criticou o ministro da Saúde de Buenos Aires, Fernán Quirós.

Fim da quarentena

Anunciado por Alberto Fernández, o fim da quarentena se aplica a dez das 24 províncias argentinas, a maioria no interior. Para se ter uma ideia, na região metropolitana de Buenos Aires, as medidas de restrição social cessaram em 9 de novembro.

Ao comentar a reabertura de alguns setores da economia argentina, Fernández ressaltou que "temos a vantagem de ver o que acontece com a pandemia no hemisfério Norte. Uma segunda onda com uma quantidade de contágios realmente alarmante. É muito possível que a Argentina deva enfrentar uma segunda onda".

Após aglomeração no velório de Maradona, Alberto Fernández anuncia fim da quarentena
De acordo com o presidente do país, a Argentina pretende vacinar 13 milhões de pessoas.

"Quando março chegar, queremos que todos os grupos de risco estejam imunizados. O total de pessoas que deveríamos vacinar entre janeiro e março é de 13 milhões de pessoas, cerca de 25% dos argentinos. Esse é o esforço que devemos encarar agora", concluiu Alberto Fernández.

A Argentina é o nono país com mais casos de COVID-19 no mundo. São 1,407 milhão de contagiados e 38.216 mortos.

Comentar