Arábia Saudita nega participação na morte de cientista nuclear iraniano

Nesta terça-feira (1º), o ministro das Relações Exteriores saudita, Adel al-Jubeir, criticou o ministro das Relações Exteriores do Irã por insinuar que Riad desempenhou um papel no assassinato do principal cientista nuclear iraniano, Mohsen Fakhrizadeh.
Sputnik

Mohsen Fakhrizadeh, físico nuclear e chefe do centro de pesquisa e inovação do Ministério da Defesa iraniano, foi morto na sexta-feira (27) após um ataque na cidade de Absard, na província de Teerã. Ele ficou gravemente ferido e morreu em um hospital.

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, disse ontem (30) em uma rede social que uma reunião secreta na Arábia Saudita entre o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman e o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu contribuiu para o assassinato, alegando ter sido uma "conspiração".

"O ministro do Exterior iraniano, Zarif, está desesperado para culpar a Arábia Saudita por qualquer coisa negativa que aconteça no Irã", respondeu Adel al-Jubeir no Twitter.

​O ministro das Relações Exteriores iraniano, Zarif, está desesperado para culpar o Reino por qualquer coisa negativa que aconteça no Irã. Ele vai nos culpar pelo próximo terremoto ou inundação?

Ao contrário de outros países da região, a Arábia Saudita não condenou formalmente o assassinato.

Arábia Saudita nega participação na morte de cientista nuclear iraniano
No mês passado, Netanyahu manteve conversações históricas na Arábia Saudita com o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, de acordo com relatos da mídia israelense e uma fonte do governo israelense.

Netanyahu e o chefe da agência do serviço de inteligência de Israel (Mossad), Yosef Meir Cohen, se encontraram com o príncipe Mohammed bin Salman, junto com o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo.

No último dia 28, o New York Times publicou que um oficial americano e dois outros funcionários da inteligência confirmaram que Israel estava por trás do ataque a Fakhrizadeh.

O presidente do Irã, Hassan Rouhani, acusou Israel de tentar criar "caos" assassinando o cientista, mas disse que seu país não vai cair em uma "armadilha".

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