Tóquio condena detenção de ativistas em Hong Kong

O Japão tem "sérias preocupações" com a prisão de três ativistas de Hong Kong e as comunicou à China, disse o porta-voz do governo japonês Katsunobu Kato na madrugada desta quinta-feira (3).
Sputnik

O Japão se posicionou em meio ao contexto da prisão de Joshua Wong, figura proeminente da política em Hong Kong que foi condenado nesta quarta-feira (2) a 13 meses e meio de prisão por participar de uma manifestação ilícita contra o governo. Dois outros membros influentes de seu movimento também foram detidos.

As informações foram publicadas pela Reuters.

Falando em uma coletiva de imprensa, Katsunobu Kato disse que as preocupações de Tóquio estão crescendo com a recente situação em Hong Kong, "como as condenações de três pessoas, incluindo Agnes Chow".

"Expressamos nossas preocupações à China sobre Hong Kong em várias ocasiões", finalizou Katsunobu.

Detenção de líderes

Joshua Wong é um ativista chinês que ganhou projeção durante os protestos contra lei de segurança nacional em Hong Kong. Ele foi condenado a 13 meses e meio de prisão por incitar manifestantes a invadir um quartel.

Além de Wong, Agnes Chow e Ivan Lam receberam penas de, respectivamente, dez e sete meses. Os três se declararam culpados das acusações.

Wong, Chow e Lam faziam integravam o partido Demosisto. Eles estavam sob custódia desde o dia 23 de novembro, quando começaram as audiências. Centenas de manifestantes se reuniram na frente da corte para mostrar apoio aos jovens.

Tóquio condena detenção de ativistas em Hong Kong
Em junho deste ano, o Comitê Permanente do Congresso Popular Nacional, a maior autoridade legislativa da China, votou a favor da Lei de Segurança Nacional para Hong Kong. A nova legislação proíbe atividades terroristas, subversivas e secessionistas, assim como interferências estrangeiras em Hong Kong.

Esta ação é apoiada pela liderança local de Hong Kong, mas despertou uma onda de protestos na cidade, uma vez que um grande setor da população local teme pela perda de direitos. De acordo com Pequim, a nova lei busca punir atividades ilegais no território sem afetar as liberdades democráticas atuais.

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