Quarenta e dois jornalistas e trabalhadores da mídia foram mortos enquanto faziam seu trabalho este ano, de acordo com a publicação anual da Federação Internacional de Jornalistas (IFJ), informou a agência AP.
Pelo menos 235 estão atualmente na prisão em casos relacionados ao seu trabalho.
O número de mortes se mantém praticamente do mesmo nível de quando o sindicato global de jornalistas iniciou sua sombria contagem anual de mortes há 30 anos e faz parte de uma tendência recente de queda.
O comunicado também coincide com uma conferência on-line sobre liberdade de imprensa organizada pelo governo holandês e pela agência cultural das Nações Unidas, a UNESCO, que começou na quarta-feira (9).
"A diminuição dos assassinatos de jornalistas nos últimos anos não pode disfarçar o perigo mortal e as ameaças que os jornalistas continuam a enfrentar por fazer seu trabalho", disse o secretário-geral da IFJ, Anthony Bellanger.
Nas três décadas em que o IFJ tem mantido a contagem, 2.658 jornalistas foram mortos.
"Estas não são apenas estatísticas. Eles são nossos amigos e colegas que dedicaram suas vidas e pagaram o preço final por seu trabalho como jornalistas", disse Bellanger. "Não nos lembramos apenas deles, mas perseguiremos cada caso, pressionando os governos e as autoridades responsáveis pela aplicação da lei a levar seus assassinos à Justiça".
Pela quarta vez em cinco anos, o México encabeçou a lista de países de jornalistas assassinados em 2020 com 13 casos, seguido pelo Paquistão com cinco. Afeganistão, Índia, Iraque e Nigéria registraram três mortes cada um.