Novo destróier da Marinha dos EUA terá radar de última geração da Raytheon

Destróier americano USS Porter lança míssil Tomahawk no mar Mediterrâneo (foto de arquivo)
A nova frota de destróieres da classe DDG 51 Flight III da Marinha dos EUA está projetada para impulsionar a capacidade de operação em um cenário de conflito massivo no mar alto.
Sputnik

O USS Jack H. Lucas, o primeiro dos avançados navios de guerra da nova frota de destróieres DDG 52 Flight III da Marinha dos EUA, será equipado com o novo radar AN/SPY-6 de grande potência, sensibilidade e longo alcance, informou o NAVSEA (Comando de Sistemas Marítimos Navais).

Novo destróier da Marinha dos EUA terá radar de última geração da Raytheon
Novo destróier da Marinha dos EUA terá radar de última geração da Raytheon

O radar AN/SPY-6, fabricado pela Raytheon, está projetado para localizar e identificar simultaneamente múltiplas ameaças, como drones inimigos, helicópteros e aviões que voem a baixas altitudes, assim como mísseis balísticos. O radar vai permitir às embarcações detectar objetos menores a distâncias maiores, além de proporcionar informação mais detalhada sobre os objetos, distinguindo eficientemente as ameaças de objetos não perigosos.

Em um cenário de ataque múltiplo coordenado, o novo radar SPY-6 permitirá tomar decisões mais rapidamente e otimizar as estratégias de contra-ataque.

O diretor de sistemas de radar na Raytheon, Scott Spence, explicou à edição Warrior Maven, em uma entrevista publicada neste sábado (12), que o desenvolvimento do SPY-6 visou "a uniformidade na engenharia de hardware e software em toda a frota para melhorar as operações e a manutenção […], de modo a que a nova tecnologia possa ser integrada sem problemas na frota e colocada em todas as plataformas, tanto existentes como emergentes", disse

"Isto é uma economia de gastos e agiliza a obtenção de novas capacidades para a frota", resumiu Spence.

Capacidades melhoradas

O radar funciona enviando uma série de sinais eletromagnéticos à velocidade da luz, que "ricocheteiam" em uma ameaça e enviam um sinal de retorno que identifica a forma, tamanho, velocidade e distância do objetivo. A análise destes dados permite aos operadores de radar obter uma "imagem" do que pode ser esta ameaça específica

As capacidades técnicas melhoradas do radar SPY-6 são possíveis graças a uma tecnologia de semicondutores de compostos químicos chamada nitrito de gálio, que permite ampliar sinais de alta potência em frequências de micro-ondas.

Isto garante uma melhor detecção de objetos a maiores distâncias em comparação com os materiais de uso comum existentes, como o arseneto de gálio, explicou a companhia.

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