De acordo com um comunicado nas redes sociais feito pelo secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, a disputa sobre a região, que envolve a exploração offshore de petróleo e gás, ainda está longe de um acordo satisfatório tanto para Israel quanto para o Líbano.
"Lamentavelmente, apesar da boa vontade de ambos os lados, as partes continuam distantes", disse Mike Pompeo.
Os Estados Unidos continuam prontos para mediar negociações construtivas entre os governos israelense e libanês em suas fronteiras marítimas. Incentivamos ambos os lados a continuar as discussões com base nas respectivas reivindicações que depositaram anteriormente nas Nações Unidas.
A questão da fronteira
Desde outubro, Israel e Líbano promovem rodadas de negociação para delimitar as fronteiras em território marítimo de cada um. Em meio à disputa está a exploração offshore de petróleo e gás.
Já o presidente libanês, Michel Aoun, ao comentar a situação, afirmou que o delineamento da fronteira deveria ser "baseado na linha que parte em terra do ponto de Ras Naqoura".
Israel discorda deste entendimento e acusa o Líbano de mudar constantemente sua posição sobre a disputada fronteira marítima no Mediterrâneo. De acordo Tel Aviv, crise poderia levar países a um "beco sem saída", o que seria prejudicial para toda a região.
O campo de gás de Karish
A demarcação deve ser "de acordo com o princípio geral conhecido como linha mediana, sem levar em consideração qualquer impacto das ilhas costeiras palestinas ocupadas", afirmou Aoun, referindo-se ao litoral israelense.
A questão envolvendo fronteiras marítimas de Israel e Líbano partiu de uma negociação com base em um mapa registrado nas Nações Unidas em 2011. O Líbano considera que esse mapa foi baseado em estimativas erradas, e exige 1.430 quilômetros quadrados adicionais para o seu território, o que inclui parte do campo de gás Karish de Israel.