'Frente ampla' na Hungria contra o partido de Viktor Orban lidera pesquisas para premiê

Os partidos de oposição vão apresentar candidatos em conjunto em todos os 106 distritos eleitorais na Hungria. Eles também prometem estabelecer um programa único e governar juntos se tiverem sucesso.
Sputnik

De acordo com informações do portal Público, divulgadas nesta quarta-feira (23), o partido Fidesz, do primeiro-ministro Viktor Orban, está em segundo lugar nas intenções de voto para premiê da Hungria. Ele aparece atrás de uma coalizão formada por partidos da oposição.

O pleito na Hungria deve acontecer apenas em 2022, porém, a oposição à Orban segue unida em torno de um projeto para vencer o atual primeiro-ministro.

O apoio ao Fidesz desceu dois pontos percentuais, e chegou a 30%, segundo o instituto Republikon. Os partidos que se juntaram aparecem com 35% das intenções de voto, tendo subido três pontos percentuais. Outras pesquisas mediram tendências semelhantes. O apoio do Fidesz caiu seis pontos percentuais em um único mês, para 34% em dezembro, disse o Median na semana passada.

'Frente ampla' na Hungria contra o partido de Viktor Orban lidera pesquisas para premiê
Peter Marki-Zay, líder de um grupo que promove a unificação da oposição, disse que o Fidesz teria perdido quase metade dos distritos em 2018 se enfrentasse apenas um único oponente.

O governo de Viktor Orban enfrenta graves problemas em função da pandemia de COVID-19. A oposição usa esta questão para criticar o governo. Seu partido também se envolveu na polêmica sobre o veto ao pacote de orçamento e recuperação de 27 países da União Europeia.

Em meio a este cenário político, o afastamento de Jozsef Szajer, um dos fundadores do Fidesz em 1988 e figura muito próxima de Orbán, pode ser interpretado como um golpe para o partido. Critico do homossexualismo, Jozsef Szajer é o eurodeputado que quebrou as regras do confinamento na Bélgica, tendo sido flagrado participando de uma orgia.

A oposição tenta encontrar força ao juntar-se para ter maior dimensão, já que o governo também alterou o sistema para dar mais força aos partidos maiores e com representação em todo o território.

Trata-se de uma incógnita o que poderá acontecer a uma aliança que junta partidos tão díspares, como o Momentum, movimento liberal saído da sociedade civil e cuja primeira ação foi contra a candidatura de Budapeste aos Jogos Olímpicos, e o Jobbik, que já foi aliado do Fidesz, mas, com tempo, passou a se posicionar cada vez mais para o centro.

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