O pacto foi firmado após meses de negociações posteriores ao Brexit, com objetivo de estabelecer como ficariam as relações comerciais entre o bloco e ex-integrante da UE.
Em declaração feita por meio do Twitter, Surgeon deixou claro que a Escócia não apoiou a saída do Reino Unido da União Europeia.
"É importante lembrar que o Brexit está acontecendo contra a vontade da Escócia. E não há acordo que possa compensar o que o Brexit tira de nós", afirmou.
Além disso, deu a entender que buscará fortalecer a campanha pela independência escocesa.
"Chegou a hora de traçar nosso próprio futuro como uma nação europeia independente", acrescentou.
Antes de mais nada, é importante lembrar que o Brexit está acontecendo contra a vontade da Escócia. E não há acordo que possa compensar o que o Brexit tira de nós. Chegou a hora de traçar nosso próprio futuro como uma nação europeia independente
Negociações duraram 1 ano
Em 2014 a Escócia realizou um referendo de independência, no qual Londres fez forte campanha pela permanência da região como parte do Reino Unido.
Ao final, o voto contrário à separação ganhou por 55,3%, contra 44,7% que disseram preferir uma Escócia independente. Na campanha do Brexit, as autoridades escocesas se posicionaram contra a saída do Reino Unido da União Europeia.
Após o resultado do referendo, realizado em 2016, por várias vezes líderes da Escócia, entre eles Nicola Sturgeon, disseram que tentariam impulsionar a independência novamente.
O Reino Unido deixou oficialmente a UE em janeiro e foi iniciada uma fase de transição até o final de 2020. A uma semana do fim do período transitório, após muitas idas e vindas, os dois lados chegaram a um acordo sobre as novas relações comerciais.
Segundo previsões do governo britânico, um Brexit sem acordo levaria a uma queda do PIB de 7,6% dentro de 15 anos. Com o pacto, haverá recessão, embora menor: a expectativa é de que a economia britânica caia 4,9%.
Theresa May felicita acordo
Se a líder escocesa criticou o acordo, a ex-primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, saudou o fim das negociações. A política conversadora assumiu o poder logo após o referendo e liderou o país no início das negociações com a União Europeia. No entanto, as dificuldades para se chegar a um consenso fizeram ela renunciar.
Notícias muito boas de que o Reino Unido e a UE chegaram a um entendimento sobre os termos de um acordo - que dá confiança aos negócios e ajuda a manter o fluxo comercial. Estou ansiosa para ver os detalhes nos próximos dias