Erdogan: Turquia quer laços com Israel, mas postura com a Palestina é 'inaceitável'

Nesta sexta-feira (25), o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, afirmou que a Turquia é a favor da normalização das relações com Israel, mas que há limites e considera a política do país para a Palestina "inaceitável".
Sputnik

Em 2018, a Turquia expulsou o embaixador israelense de seu território devido a protestos na Faixa de Gaza, que resultaram na morte de cerca de 60 palestinos. Israel respondeu da mesma forma e os dois países permaneceram sem enviados diplomáticos até Ancara nomear um novo embaixador para o país, no início deste mês.

"Há problemas, se não fosse por eles teríamos [relações] totalmente diferentes com Israel. A Palestina é nossa linha vermelha, não vamos aceitá-la [a política israelense para a Palestina]. Na verdade, desejamos de todo o coração que nossas relações com Israel melhorem", disse Erdogan durante coletiva de imprensa.

O processo de paz entre Israel e Palestina segue paralisado e ambos os lados se recusam a fazer concessões em questões que consideram centrais. Um dos principais objetivos do lado palestino é restaurar a fronteira entre Israel e Palestina onde estava antes da Guerra dos Seis Dias, em 1967, com uma possível troca territorial. Os palestinos esperam criar seu Estado na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, tendo Jerusalém Oriental como sua capital.

Erdogan: Turquia quer laços com Israel, mas postura com a Palestina é 'inaceitável'

Israel, por outro lado, é hostil à ideia de restaurar as fronteiras pré-1967 e não aceita compartilhar a cidade de Jerusalém, que eles consideram sua capital histórica. A falta de um terreno comum nas negociações entre ambos vem minando as chances de Israel de normalizar os laços com outros países vizinhos na região, apesar de alguns avanços recentes.

Em setembro, os Emirados Árabes Unidos e Israel assinaram um acordo para normalizar as relações e estabelecer laços diplomáticos entre si. Mais tarde, Bahrein e Sudão fizeram o mesmo. No entanto, a questão palestina continua sendo central para todos os Estados árabes, incluindo o Iraque, que anunciou em agosto que suas leis proíbem a normalização das relações com Israel.

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