A 5 dias de deixar o cargo, Pompeo ataca China, Irã e Cuba com sanções

A cinco dias de deixar o cargo de secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo impôs sanções a três de seus alvos principais - China, Irã e Cuba - nesta sexta-feira (15), em uma ação de última hora.
Sputnik

As ações, segundo a AFP, são destinadas em parte a complicar o governo do presidente eleito Joe Biden.

Contra a China, Pompeo condenou como "terrível" a operação conduzida pelo país no dia 6 de janeiro em Hong Kong, na qual autoridades chinesas prenderam 55 pessoas, incluindo um advogado americano, John Clancey. Além disso, impôs sanções a seis pessoas pelas detenções.

"Condenamos as ações da RPC [República Popular da China] que corroem as liberdades e os processos democráticos de Hong Kong, e continuaremos a usar todas as ferramentas à nossa disposição para culpar os responsáveis", disse Pompeo.

Apesar de Biden ter sinalizado sua posição contrária à repressão chinesa em relação a Hong Kong, espera-se que o novo governo dos EUA seja menos linha dura que a administração Trump.

Pompeo condena 'a repressão das liberdades fundamentais' em Cuba

Contra Cuba, o Departamento do Tesouro dos EUA disse que estava impondo sanções ao ministro do Interior cubano, Lazaro Alberto Alvarez Casas, dias depois que Pompeo anunciou que Cuba estava de volta à lista dos Estados Unidos de países patrocinadores do terrorismo.

"A repressão das liberdades fundamentais pelo regime dos Castro requer a condenação e ação de todos os países que respeitam a dignidade humana", disse Pompeo, referindo-se aos ex-presidentes Fidel e Raúl Castro.

Biden pretende retomar relações com Cuba e trazer de volta algumas das políticas implementadas pelo ex-presidente Barack Obama, permitindo por exemplo que cubano-americanos visitem parentes e enviem dinheiro para eles.

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Secretário de Estado dos EUA tenta isolar empresa iraniana

Biden também já mostrou interesse em retornar ao acordo nuclear negociado por Obama com o Irã, alegando que a política de "pressão máxima" de Trump, que incluía uma proibição radical das vendas de petróleo, não surtiu efeitos positivos.

Numa tentativa de esfriar a aproximação entre os países, Pompeo anunciou ações contra uma siderúrgica chinesa e uma empresa de materiais de construção dos Emirados Árabes Unidos que trabalha em cooperação com a Iran Shipping Lines, que já está sob sanções dos EUA.

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