De acordo com informações do jornal La Prensa, milhares de pessoas de diversos países da América Central continuam a caminho dos EUA, após furarem um bloqueio feito pelas forças de segurança na Guatemala.
A caravana começou sua trajetória em Honduras, após uma chamada por meio das redes sociais para ingressar à primeira mobilização de emigrantes de 2021, que visa repetir, com sucesso, outras que foram feitas desde o final de 2018.
Milhares de emigrantes, entre homens, mulheres e crianças, foram detidos em Chiquimula, na Guatemala, pelo Exército do país. As autoridades pedem que as pessoas retornem ao seu país, e avisaram que a marcha seria interrompida. O Instituto de Migração da Guatemala informou que cerca de mil pessoas já haviam retornado à Honduras.
Guatemala detém e repreende violentamente uma caravana de emigrantes hondurenhos.
Porém, a entidade também confirmou a passagem de uma multidão (estimada em nove mil pessoas) que agora viaja pela Guatemala e busca chegar à fronteira com o México. Depois de cruzar 450 km em território guatemalteco, a maior parte da caravana tentará entrar no México pela passagem de fronteira de Tecun Uman.
Urgente: militares da Guatemala reprimem a caravana de emigrantes no quilômetro 177, em Vado Hondo, na região de Chiquimula, evitando seu avanço para México. Nesse local, os dois grupos de seis mil emigrantes se reuniram e relataram várias pessoas feridas, incluindo soldados.
Muitos participantes dessa caravana estão convencidos de que Joe Biden, que assume a presidência dos Estados Unidos em 20 de janeiro, será mais flexível do que seu antecessor, Donald Trump, com as regras de emigração.
A calamidade que atingiu milhares de pessoas em Honduras e os leva a tomar a decisão de partir. Embora o sonho seja um pesadelo.
Retorno forçado
A Guatemala disponibilizou caminhões e ônibus para que os emigrantes retornem para Honduras. De acordo com dados do último Relatório de Migração do país, cerca de mil já haviam sido devolvidos à fronteira, incluindo 163 crianças.
A fuga de Honduras
Os emigrantes insistem em marchar para os EUA, e alegam fugir de um país devastado pela passagem dos furacões Eta e Iota, em novembro, além da falta de emprego causada pela pandemia, que se somam aos males endêmicos de um país atingido pela violência associada a gangues e tráfico de drogas.