Em uma série de publicações ao longo do dia, véspera da posse do novo presidente norte-americano, Joe Biden, o secretário de Estado fez uma espécie de inventário de inimigos e aliados dos EUA.
Em uma das mensagens, Pompeo disse que não se podia "amansar" com "ditadores" como os que governam Venezuela e Cuba. Em outra publicação, ele citou o Irã, argumentando que não havia autoridades "moderadas" no país.
"Você não pode amansar com ditadores como os que governam Venezuela e Cuba. Nisto é que mora o perigo, tanto para a América como para os povos dessas nações", afirmou.
Pouco depois, Arreaza ironizou as declarações de Pompeo, afirmando que eram fruto de sua "ilusão". O ministro das Relações Exteriores da Venezuela disse ainda que todas as "tentativas" do secretário de Estado tinham "fracassado".
@SecPompeo, é tudo parte de sua ilusão. Todas as suas tentativas fracassaram. Nossos povos são soberanos e vão permanecer no poder enquanto vocês passarão para a história apenas como uma memória ruim para os Estados Unidos e a humanidade
Em outra publicação, Pompeo disse que tinha mantido uma conversa "inspiradora" com o opositor venezuelano Juan Guaidó na segunda-feira (17), na qual reafirmou o apoio dos EUA "aos campeões da democracia na Venezuela". Os Estados Unidos reconhecem Guaidó como o presidente interino venezuelano, assim como o Brasil.
Última lista de sanções de Trump contra Venezuela é vista como 'agressão desesperada'
Venezuela condenou a publicação de nova lista de sanções pelo Departamento do Tesouro dos EUA antes da posse do democrata Joe Biden como novo presidente norte-americano.
"O governo da República Bolivariana da Venezuela condena, perante a comunidade internacional, a nova [e] desesperada agressão contra o povo venezuelano pelo governo cessante de Donald Trump", declarou o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza.
Em comunicado de 19 de janeiro, Venezuela ainda escreveu que, "até o último dia, a agressão supremacista e imperialista de Trump se manteve empenhada contra o povo venezuelano, lançando ataques e confiscando propriedades para destruir a capacidade venezuelana de comercializar livremente, como é de direito, seus recursos petrolíferos para atender às necessidades do povo venezuelano".
Anteriormente, o Departamento do Tesouro dos EUA publicou listas mistas relacionadas a sanções contra Rússia, Iêmen e Venezuela, e à luta antiterrorista.
A última remessa de sanções contra o país caribenho teve como alvos três indivíduos, 14 entidades e seis embarcações por "seus laços com uma rede que tentava escapar das sanções dos Estados Unidos ao setor petrolífero da Venezuela".