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MP aciona Justiça e cobra multa de R$ 145 mil de prefeito fura fila da vacinação na Bahia

O Ministério Público pediu a condenação do prefeito de Candiba, na Bahia, por improbidade administrativa após ele ser acusado de furar a fila da vacinação contra a COVID-19. 
Sputnik

Além disso, o Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público da Bahia (MP-BA) pediram que Reginaldo Martins Prado (PSD) pague uma multa de R$ 145 mil. 

O prefeito, de 60 anos, publicou fotos em suas redes sociais sendo vacinado, mesmo sem pertencer a nenhum grupo prioritário para receber a dose. Neste momento, serão vacinados trabalhadores da saúde, pessoas de 60 anos ou mais que vivem em abrigos, pessoas com deficiência institucionalizadas e população indígena vivendo em terras indígenas.

O MP justifica a ação afirmando que Prado só deveria ser imunizado na segunda fase da campanha. Segundo a ação, ele se valeu de seu cargo político para furar a fila da vacinação. 

Município recebeu 100 doses

Com 14 mil habitantes, Candiba recebeu 100 doses da CoronaVac para aplicar na população. Como a vacina é aplicada em duas doses, apenas 50 pessoas serão imunizadas nesse primeiro momento. 

O MPF e o MP-BA também entraram com ação civil pública pedindo para que o prefeito seja impedido de receber a segunda dose da vacina até que chegue o momento da imunização do grupo ao qual ele pertence. 

Além disso, a ação determina que o prefeito faça uma retratação pública, reconhecendo a ilegalidade do que fez e ressaltando a importância da população respeitar o cronograma de vacinação. 

A prefeitura de Candiba justificou o fato afirmando que Prado é "hipertenso e diabético", e que sua "intenção foi apenas encorajar àqueles que ainda estão resistentes e questionam a efetividade da vacina".

Irregularidades em outros estados

O Ministério Público também apura denúncias de indivíduos que teriam furado a fila da vacina em outros estados, como Amazonas, Pernambuco e no Distrito Federal. 

Em Manaus, por exemplo, foi aberta uma investigação após denúncias de que duas irmãs, da família que comanda uma das maiores universidades privadas da capital, teriam sido vacinadas fora do cronograma estipulado pelo Ministério da Saúde. As duas são médicas, mas foram nomeadas em cargos comissionados na prefeitura na véspera e no dia do início da vacinação na cidade.

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