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Em Davos, multinacionais sugerem distribuição de vacinas pelo setor privado

Ao longo da Agenda Davos 2021, como tem sido chamado o Fórum Econômico Mundial neste ano, que acontece de forma on-line em função da pandemia de COVID-19, diversas grandes corporações defenderam a compra de imunizantes diretamente dos fabricantes para vacinar seus funcionários.
Sputnik

A corrida mundial pelas vacinas contra a COVID-19 pode ganhar um novo personagem: as multinacionais. Neste ano, no Fórum Econômico Mundial, algumas corporações internacionais defenderam que o mundo deveria considerar a possibilidade dessas empresas comprarem imunizantes diretamente dos fabricantes para vacinar seus funcionários.

O argumento principal por trás da ideia seria o de acelerar o processo e desonerar as contas públicas, escreve a Rádio França Internacional.

Para o CEO do grupo Deustsche Post DHL, Frank Appel, as grandes empresas têm orçamento e estariam felizes de investir na vacinação de seus quadros. A companhia que atua em 220 países e tem 575 mil trabalhadores "poderia dar a sua contribuição, o que não chega a ser significativo no contexto global", enfatizou.

​No entanto, segundo ele, se as 500 maiores multinacionais puderem comprar vacinas com seu próprio dinheiro, "isso seria um passo significativo na direção correta".

Em Davos, multinacionais sugerem distribuição de vacinas pelo setor privado
"Isso deve ser considerado. Não agora, porque não devemos desviar o foco dos volumes que vão para os governos. Mas em algum momento em 2021, ou no ano que vem, quando haverá mais doses disponíveis", disse Appel.

No Brasil, a iniciativa privada já procurou o governo para manifestar a intenção de comprar vacinas. O Planalto foi contatado por empresários que se oferecem para comprar 33 milhões de doses da vacina de Oxford-AstraZeneca, das quais metade seriam doadas para o SUS no âmbito do Programa Nacional de Imunizações.

A ideia, que sofria resistência por parte da equipe do presidente Jair Bolsonaro até recentemente, agora conta com a sua simpatia. Segundo ele, a iniciativa "ajudaria em muito a economia".

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