'Não é pouca coisa': cientistas ensinam porcos a jogar videogame com os focinhos (FOTO)

Os porcos obtiveram resultados bem acima do acaso, indicando que entenderam que o movimento do controle estava conectado ao cursor na tela do computador.
Sputnik

Com um controle estilo arcade para direcionar um cursor na tela, cientistas conseguiram ensinar quatro porcos a jogar videogame. Os pesquisadores afirmaram que o fato de os animais entenderem a conexão entre o joystick e o jogo "não é pouca coisa". Os resultados foram publicados na quarta-feira (11) na revista científica Frontiers in Psychology.

"Não é pouca coisa para um animal entender o conceito de que a ação que está realizando está tendo efeito em outro lugar. O fato de os porcos poderem fazer isso em qualquer grau deve nos dar uma pausa para saber o que mais eles são capazes de aprender e como tal aprendizado pode impactá-los", afirma Candace Croney, autora principal do estudo em comunicado.

O estudo envolveu dois porcos Yorkshire e dois miniporcos. Os quatro animais foram treinados para se aproximar e manipular o joystick com o focinho na frente de um monitor de computador durante a primeira fase do experimento. Em seguida, foram ensinados a jogar um videogame no qual o objetivo era mover o cursor usando o joystick em direção a quatro alvos.

​Estudo mostra que porcos podem ser treinados para jogar videogame

Os porcos obtiveram resultados bem acima do acaso, indicando que os animais entenderam que o movimento do joystick estava conectado ao cursor na tela do computador. O fato de que esses animais sem polegares opositores tiveram sucesso na tarefa é "notável", de acordo com os pesquisadores.

"Este tipo de estudo é importante porque, como acontece com qualquer ser senciente, a forma como interagimos com os porcos e o que fazemos com eles tem impacto e importância para eles […]. Portanto, temos a obrigação ética de entender como os porcos adquirem informações e o que são capazes de aprender e lembrar, porque isso tem implicações em como eles percebem suas interações com a gente e com seus ambientes", comenta Croney.

O mesmo tipo de experimento foi realizado com chimpanzés e macacos, que têm a vantagem dos polegares opositores e eles foram capazes de atender a requisitos muito mais elaborados dos pesquisadores.

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