Putin não exclui bloquear serviços estrangeiros de Internet em caso de hostilidade contra a Rússia

Neste sábado (13), o presidente russo, Vladimir Putin, disse que não descarta a possibilidade de bloquear os serviços estrangeiros de Internet na Rússia em caso de ações hostis contra o país.
Sputnik

A discussão sobre a necessidade de um ciberespaço autônomo surgiu na Rússia em meio às preocupações em relação ao controle de grandes empresas de tecnologia dos Estados Unidos sobre o espaço virtual na Internet.

O presidente russo destacou em declaração, neste sábado (13), que quaisquer restrições aos serviços estrangeiros de Internet só serão implementadas quando o país tiver uma alternativa própria.

"E quando tivermos algo próprio, vamos restringir, se chegar a isso, apenas levando em consideração uma situação particular [...]. Eu não quero cortar nada artificialmente, mas em caso de ações hostis serem realizadas, não excluo isso. Ações hostis em relação ao nosso país são inaceitáveis​", disse Putin durante uma reunião com editores de mídia russos.

O presidente disse ainda que existem muitos serviços domésticos de tecnologia na Rússia, como o Yandex e o Sberbank, que têm boas perspectivas. Segundo Putin, "nossos respeitáveis ​​colegas, ao verem que existe uma alternativa e não detêm o monopólio desse mercado, agirão de forma diferente".

Putin não exclui bloquear serviços estrangeiros de Internet em caso de hostilidade contra a Rússia

No início de fevereiro deste ano, o vice-presidente do Conselho de Segurança russo, Dmitry Medvedev, disse que é "possível" reduzir o tráfego estrangeiro na Internet em caso de ações "hostis" contra a Rússia, mas observou que tal cenário é "improvável".

"Mas, francamente, não vejo nenhum sinal de que isso [bloquear a Rússia] esteja acontecendo", disse Medvedev à época.
O ex-presidente russo também disse que a Rússia tem um projeto de lei acerca de seu segmento de Internet que, se aprovado, poderá funcionar de forma autônoma.

Medvedev destacou que há certo preconceito político presente nas mídias sociais, embora sejam estruturas corporativas, criticando a decisão do Twitter de banir permanentemente o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, de sua plataforma, após a invasão do Capitólio, em 6 de janeiro.

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