A primeira sonda dos Emirados Árabes Unidos (EAU) chegou e entrou com sucesso na órbita de Marte, após uma viagem de sete meses, tornando os EAU a primeira nação árabe da história a ter uma presença científica no vizinho próximo à Terra. Hoje (14), a primeira imagem da missão de Hope Probe foi divulgada, segundo a BBC.
Para entrar na órbita de Marte, a sonda precisava queimar cerca de metade de seus 800 quilos de combustível a bordo para desacelerar o suficiente e não ultrapassar o limite. Hope também foi colocada em uma órbita ampla para que pudesse estudar o tempo e os sistemas climáticos do planeta, o que significa que também verá seu globo completo.
"Este é o ponto mais distante do Universo a ser alcançado pelos árabes ao longo de sua história [...]. Nosso objetivo é dar esperança a todos os árabes de que somos capazes de competir com o resto do mundo", afirmou o vice-presidente dos Emirados Árabes Unidos, Mohammed bin Rashid Al Maktoum, citado pela Al-Arabiya News.
O vice-presidente também publicou o sucesso da missão e o registro da primeira imagem de Marte a partir da sonda no Twitter oficial da missão Hope.
A transmissão da primeira imagem de Marte da Hope Probe é um momento decisivo em nossa história e marca a união dos Emirados Árabes Unidos com nações avançadas envolvidas na exploração espacial. Esperamos que esta missão leve a novas descobertas sobre Marte que beneficiem a humanidade.
A imagem mostra o Polo Norte marciano no canto superior esquerdo. No centro, emergindo para a luz do Sol da manhã, está Olympus Mons, o maior vulcão do Sistema Solar. Os três vulcões em uma linha são Ascraeus Mons, Pavonis Mons e Arsia Mons. Ao leste, é possível ver o poderoso sistema de desfiladeiros, Valles Marineris, que está coberta por nuvens.
Quando Hope chegar a uma posição elevada atingindo uma órbita de 55 horas e 22 mil quilômetros por 43 mil quilômetros, cerca de 25 graus inclinada em relação ao equador, a sonda planeja realizar algumas pesquisas inovadoras.
Uma de suas missões é estudar o vazamento para o espaço de átomos neutros de hidrogênio e oxigênio, remanescentes de um Marte cheio de água, como o planeta foi há milhões de anos atrás. Isso aumentará a compreensão de como o planeta antes quente e úmido se tornou o planeta frio, empoeirado e desidratado que é hoje.