'Criaturas estranhas' são descobertas acidentalmente durante expedição na Antártica (FOTO, VÍDEO)

Uma expedição realizada por pesquisadores da agência de exploração antártica do Reino Unido identificou acidentalmente seres vivos em rochas no fundo do mar, semelhantes a esponjas e de espécies potencialmente desconhecidas.
Sputnik

De acordo com o estudo, publicado nesta segunda-feira (15) na revista Frontiers in Marine Science, os cientistas perfuraram 900 metros na plataforma de gelo Filchner-Ronne, localizada no sudeste do mar de Weddell, a uma distância de aproximadamente 260 quilômetros do oceano aberto, na escuridão total, onde uma reduzida vida animal já havia sido observada.

"Esta descoberta é um daqueles acidentes felizes que direcionam as ideias em uma perspectiva diferente e que mostram que a vida marinha da Antártica é especial e incrivelmente adaptada a um ambiente extremo", afirmou o biogeógrafo e pesquisador principal do British Antarctic Survey (BAS), Huw Griffiths.

A descoberta das novas espécies sob as plataformas de gelo da Antártica pode indicar que há mais vida do que se esperava em um dos maiores habitats marinhos ainda inexplorados.

'Criaturas estranhas' são descobertas acidentalmente durante expedição na Antártica (FOTO, VÍDEO)

Durante a perfuração, os pesquisadores atingiram uma rocha ao invés de lama no fundo do oceano, constatando a existência de uma "grande rocha coberta por estranhas criaturas".

Este é o primeiro registro de sempre de uma comunidade vivendo presa a uma rocha bem abaixo de uma plataforma de gelo e parece ir contra todas as teorias anteriores sobre que tipos de vida poderiam sobreviver lá.

As geleiras flutuantes cobrem mais de 1,5 milhão de quilômetros quadrados da plataforma continental Antártica, da qual apenas uma pequena parte foi estudada.

"Para responder às novas perguntas, teremos de encontrar uma maneira de nos aproximarmos desses animais e do seu ambiente, e isso é a 900 metros de profundidade sob o gelo, e a 260 quilômetros de distância dos navios onde estão os nossos laboratórios", concluiu Huw Griffiths.

Griffiths e sua equipe também ressaltaram que, com a crise climática e o colapso destes blocos de gelo, há pouco tempo para estudar e proteger estes ecossistemas.

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