Após suspender vacinação, África do Sul oferece vacinas de Oxford à União Africana

A África do Sul disse nesta terça-feira (16) que ofereceu suas doses da vacina de Oxford/AstraZeneca à União Africana (UA), após descartar o uso do imunizante por conta de preocupações com a eficácia da vacina contra a variante sul-africana.
Sputnik

O país suspendeu uso da vacina depois que um estudo apontou falha no imunizante em prevenir doenças leves e moderadas causadas pela variante do novo coronavírus encontrada na África do Sul. A vacinação no país, com a vacina de Oxford/AstraZeneca, teria início neste mês.

"As doses que compramos foram oferecidas à União Africana para distribuição aos países que já manifestaram interesse em adquirir o estoque. […] Não haverá desperdícios nem gastos sem resultados", afirmou o ministro da Saúde da África do Sul, Zweli Mkhize, conforme noticiado pela AFP.

A UA garantiu cerca de 270 milhões de doses de vacinas para o continente e, na semana passada, disse que não "abandonaria" a fórmula da AstraZeneca. A organização ainda recomendou aos países onde a variante sul-africana não foi detectada que continuassem com a administração de qualquer vacina.

A África do Sul aposta agora na vacina da Johnson & Johnson, que ainda não foi aprovada no país. Mesmo assim, o governo já garantiu nove milhões de doses, incluindo 80.000 injeções com entrega prevista para esta semana.

Segundo Mkhize, a vacinação no país começará com os profissionais de saúde como parte de um estudo de implementação.

Após suspender vacinação, África do Sul oferece vacinas de Oxford à União Africana

Também nesta terça-feira (16), uma matéria do The Economic Times informou que autoridades da África do Sul pediram que o Instituto Serum da Índia pegasse de volta um milhão de doses da vacina de Oxford/AstraZeneca, já que o país não pretende mais utilizá-las.

O país emergiu recentemente de sua segunda onda de infecções, vendo o número de casos diários cair de máximas de 20.000 no início de janeiro para pouco mais de 1.000 nesta segunda-feira (15). O país já acumula cerca de 1,5 milhão de infecções, além de mais de 48 mil mortes causadas pela pandemia.

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