Em sua declaração, feita à agência Tasnim, o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas do Irã, major-general Mohammad Bagheri, disse:
"Em primeiro lugar, a pessoa mencionada pelo ministro da Inteligência passou por treinamento [militar] em 2014/2015, e foi demitido por problemas morais e vício."
Mais cedo, o ministro da Inteligência iraniano, Mahmoud Alavi, disse que o suspeito, que é apontado como o principal autor do assassinato, saiu do Irã antes da morte de Frakhrizadeh e que era um membro das Forças Armadas iranianas.
Teerã acredita que a morte do cientista nuclear foi planejada por Israel e que a operação contou com diversos agentes.
Contudo, Bagheri ressaltou que o suspeito não tinha nenhuma identidade militar, ao passo que qualquer crime que tivesse cometido estaria sob a responsabilidade do Ministério da Inteligência.
"A sociedade está debaixo da responsabilidade do Ministério da Inteligência, então era esperado que o ministro da Inteligência fosse mais cauteloso em suas declarações ao vivo à mídia, para não prover justificações aos inimigos criminosos do Irã, tais como os EUA e o falso regime sionista", ressaltou a declaração de Bagheri.
As posições entre Bagheri e Alavi apresentaram pequeno atrito no entendimento nas declarações oficiais das autoridades iranianas. Tal fato seria já o segundo desse tipo neste mês.
Na semana passada, Alavi, ao frisar que seu país não planeja o desenvolvimento de armas nucleares, também disse que o Irã poderia ser levado a adquirir tal tipo de armamento em uma situação de pressão internacional por seus adversários.
Contudo, o porta-voz da chancelaria iraniana, Saeed Khatibzadeh, disse que a "fátua do Líder Supremo de banimento de armas de destruição em massa e nucleares ainda é válida".