Há uma campanha de desinformação no exterior com o objetivo de minar as conquistas da Rússia nas ciências médicas, disse o presidente russo Vladimir Putin nesta quarta-feira (24).
"Estamos enfrentando a chamada política de contenção da Rússia. Na verdade, isso é um fato bem conhecido. Não estou me referindo à competição, que é natural nas relações internacionais. Estou falando de uma política agressiva consistente voltada para impedir nosso desenvolvimento, interrompê-lo, provocar instabilidade interna e minar os valores que unem a sociedade russa", afirmou Putin ao Serviço Federal de Segurança da Rússia.
Para o presidente, alguns países não escondem a abordagem hostil e fazem campanhas de desinformação baseadas em teorias da conspiração. Putin destacou, principalmente, a tentativa de desmerecer os avanços do país no combate à COVID-19.
"Eles já estão recorrendo a absurdos, eu diria mesmo a teorias de conspiração anedóticas", disse Putin.
No início deste mês, a primeira-ministra lituana Ingrida Simonyte afirmou que a vacina Sputnik V era "outra arma híbrida [de Moscou]" e que Putin não pretendia usá-la para curar os russos.
A embaixada russa na Lituânia respondeu dizendo que a Sputnik V provou a sua eficácia e foi reconhecida em nível internacional, apesar da desinformação e das declarações tendenciosas dos países ocidentais.
No início de fevereiro, a revista científica The Lancet, uma das mais prestigiadas do ramo, publicou uma análise do ensaio da fase três da vacina russa Sputnik V, mostrando sua eficácia de 91,6% contra a COVID-19.
Desenvolvida pelo Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya (Centro Gamaleya) e autorizada pelo Ministério da Saúde da Rússia em 11 de agosto de 2020, a Sputnik V se tornou a primeira vacina com registro do mundo contra a COVID-19.
Desde então, o imunizante já foi aprovado por 34 países, incluindo Argentina, Bolívia, Venezuela, Paraguai e México.