Lua tem 'cauda' parecida à de cometa e cientistas explicam o porquê

Descoberta no final da década de 1990, a "cauda" da Lua tem sido uma fascinação científica, e agora os cientistas poderiam ter uma resposta sobre a sua origem.
Sputnik

Sem uma câmera especial, muito provavelmente você nunca conseguirá notar a longa "cauda" lunar, que se assemelha à de um cometa, indica o portal Futurism.

Carl Sagan, autor da famosa saga "Cosmos", disse uma vez que a Terra não é mais que "uma partícula de poeira suspensa em um raio de Sol". Agora, imagine o espanto se ele soubesse que, afinal, parece que a Terra é a mesma partícula de poeira, mas suspensa na "cauda" da Lua.

A "cauda" em questão é uma corrente de partículas que se separaram da Lua, pois uma vez que não tem atmosfera, está mais exposta a atritos com meteoritos que, ao chocarem com a sua superfície vulcânica, vários átomos de sódio se lançam bem alto em órbita. Por sua vez, os fótons do Sol colidem com esses átomos, afastando-os para bem longe da estrela e formando uma estrutura que se assemelha a uma cauda vinda do satélite natural da Terra, conforme explicado no The New York Times.

A Lua tem uma cauda semelhante à de um cometa, e a cada mês lança um feixe a redor da Terra. Esta animação de @physicsJ, baseada em simulações de Jody K. Wilson, mostra como os átomos de sódio ejetados da superfície lunar são afetados pela órbita da Lua em torno do planeta Terra

A pesquisa elaborada deste fenômeno foi realizada por uma equipe de físicos da Universidade de Boston, e publicada no Journal of Geophysical Research: Planets.

A "cauda" da Lua segue atrás desta em sua órbita em volta do Sol, e não em volta da Terra, o que lhe pode conferir a aparência de uma linha reta do ponto de vista terrestre. Tal fenômeno pode apenas ser capturado por certas câmeras e, mais provavelmente, em noites de lua nova.

Teria o fenômeno em questão alguma praticidade científica? Segundo Jeffrey Baumgardner, pesquisador sênior do Centro de Física Espacial da Universidade de Boston e autor principal da pesquisa, "provavelmente não", explicando que a pesquisa em si foi apenas feita por mera curiosidade.

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