Portugal vai enviar 60 militares para Moçambique após grupos armados tomarem cidade de Palma

Ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Augusto Santos Silva, disse em entrevista ao Telejornal da RTP que serão enviados 60 militares para efetuarem "ações de formação" dos militares moçambicanos.
Sputnik

Trata-se de um plano bilateral de cooperação com Moçambique para ajudar a combater grupos armados extremistas na pequena cidade de Palma, no norte do país.

"Está em planeamento o reforço da cooperação técnico-militar bilateral com Moçambique, no quadro do qual cerca de 60 militares portugueses vão contribuir para a formação [instrução] de forças especiais moçambicanas", relatou a chancelaria de Portugal ao jornal Expresso.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal ressalta que o consulado-geral de Maputo está acompanhando a situação e fornecendo apoio necessário aos portugueses na região. 

No domingo (28) de acordo com o governo moçambicano citado pela agência AFP, dezenas de pessoas foram mortas em ataques coordenados na pequena cidade de Palma, situada no nordeste do país.

O número de vítimas mortais dos confrontos ainda é incerto, mas sabe-se que há cidadãos estrangeiros entre elas.

Na passada quarta-feira (24) terroristas do grupo radical islâmico Al-Shabab (organização terrorista proibida na Rússia e outros países) dispararam contra civis em Palma, uma pequena cidade próxima de um projeto de exploração de gás avaliado em US$ 60 bilhões (R$ 332 bilhões).

A cidade de Palma está situada a menos de 25 quilômetros de um campo de construção de empreendimentos de gás liderados por grandes empresas petrolíferas, como a francesa Total.

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